O prazer sexual muda ao longo da vida

02/07/2021
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Conforme envelhecemos, muita coisa muda. Nosso corpo, nossas necessidades, nossa rotina e nossa forma de enxergar o mundo. Desta forma, o prazer sexual também sofre uma transformação ao longo da vida. 

Se você tem observado mudanças na intimidade com o seu parceiro ou parceira, e tem se questionado sobre isso, este artigo é para você. Vou falar um pouco sobre essas mudanças e como a maturidade não é sinônimo de perda de desejo ou de abrir mão do prazer sexual. 

 

Prazer sexual: homens e mulheres evoluem de formas distintas

O prazer sexual muda ao longo da vida, e essas mudanças vão ocorrendo de forma gradativa, com o passar dos anos, e de formas diferentes para homens e mulheres.

Por exemplo, os homens alcançam o auge da condição física e passam por um pico hormonal aos 20 anos. Esse pico hormonal é causado principalmente pela testosterona, hormônio que é responsável pelas características masculinas e também pelo desejo sexual. 

Porém, a insegurança com a pouca idade ou falta de experiência pode muitas vezes impactar no prazer sexual de forma negativa. Entre os 30 e os 40 anos, os níveis de testosterona começam a diminuir lentamente. 

Apesar disso, o desejo sexual continua em alta, mas pode ser influenciado por situações típicas desta idade, como estresse com o trabalho, ou preocupações com a família e com a vida financeira. 

Já as mulheres passam pelo período mais fértil da vida aos 20 anos. O auge do desejo sexual ocorre entre os 20 e os 30, mas este também é um momento de muitas cobranças na vida da mulher, seja em relação à profissão, ou em relação à maternidade. Conflitos que também impactam no prazer sexual.

Ainda, no caso das mulheres que optam pela maternidade, a gravidez e o parto têm grande impacto na vida sexual. Isso porque, durante e após a gestação, o corpo muda e os níveis hormonais também sofrem alterações, o que interfere na libido. 

 

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O prazer sexual na maturidade

Infelizmente, muita gente ainda pensa que prazer sexual é coisa de jovem. E que os mais velhos perdem o desejo ou a capacidade de viver essa parte dos relacionamentos. 

Essa ideia é uma grande mentira. É possível ter desejo e sentir prazer sexual na maturidade, o que muda ao longo do tempo é a resposta sexual, tanto para homens, quanto para mulheres.

No caso das mulheres, a menopausa é um personagem bastante importante no prazer sexual durante a maturidade. Isso porque ela é a responsável pela maior parte das mudanças físicas e psicológicas que as mulheres vivem a partir dos 45 anos. 

Durante a menopausa, os níveis hormonais passam por alterações bastante significativas. Por exemplo: nesta fase da vida, o corpo começa a produzir uma quantidade menor de estrogênio e de testosterona, o que impacta na libido feminina. 

Além disso, a queda no estrogênio altera os tecidos vaginais e vulvares. Isso faz com que o fluxo sanguíneo na região seja prejudicado. A capacidade de lubrificação natural da vagina e a contratilidade do músculo também diminuem. Por sua vez, a menor quantidade de testosterona no corpo feminino afeta a energia e a capacidade de chegar ao orgasmo.  

 

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Sexualidade saudável a vida toda

Apesar das mudanças, envelhecer não significa abrir mão do prazer sexual. Todas as questões que surgem ao longo da vida e que impactam na resposta sexual podem ser tratadas com o auxílio de um profissional de saúde. 

Uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios físicos, por exemplo, podem ajudar na prevenção de doenças que interferem na vida sexual, como diabetes, doenças cardíacas e colesterol elevado. 

Além disso, as atividades físicas, combinadas com suporte de um profissional de Psicologia, ajudam a manter a saúde mental em dia. Ao cuidar da sua saúde física e mental, você vive com mais qualidade em todos os aspectos da sua vida, inclusive na sexualidade. 

No caso das mulheres que estão passando pela menopausa, o suporte de um ginecologista é fundamental. Juntos, médico e paciente podem pensar nas melhores alternativas para viver essa fase com leveza e qualidade de vida.

 

Espero que este conteúdo tenha ajudado a responder às suas dúvidas. Mas se você quer saber mais sobre este assunto, entre em contato comigo por aqui.

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Até o próximo artigo!

Dra. Patricia Bretz é Ginecologista, obstetra, especialista em Oncologia Ginecológica, Endometriose, Cirurgia minimamente invasiva, Implantes hormonais e Reprodução humana

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